quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Resenha: Romance



E assim, numa quinta feira chuvosa de inverno, presa em casa resolvo ver o filme da globo... Ok, eu vi o comercial e me interessei! E o Wagner Moura... Amo! Enfim, Romance, " Produzido por Paula Lavigne, tem roteiro de Guel Arraes e Jorge Furtado, com direção musical de Caetano Veloso" (Ajuda básica do wikipédia), estrelado pelo já citado Wagner Moura, conhecido como o famigerado Capitão Nascimento - mas ele é muito mais que aquilo como ator - e pela Letícia Sabatella, que adoro como atriz e sempre me encantou em muitos de seus trabalhos.

Eu não vou da uma sinopse longa , posso dizer que é uma historia com amor e teatro entre Pedro e Ana, este é diretor e ator e esta atriz. A historia gira em torno principalmente da peça Tristão e Isolda, peça medieval de amor trágica, com a morte dos personagens no final, inspirou Romeu e Julieta. Além disso, existe a citação de diversos outros trabalhos de teatro, entre eles Cyrano de Bergerac. O relacionamento acaba em um primeiro momento, por ciúmes de Pedro ao ver Ana começar a trabalhar na TV e "abandonar" a nobre arte dos palcos. Três anos depois eles se reencontram para fazer uma versão de Tristão e Isolda para a TV, com a história acontecendo no sertão nordestino em épocas antigas. E a partir dai a historia se desenrola.

Enfim, confesso que achei o começo do filme um pouco chato, com belas falas de textos literários que eu admiro bastante, e uma fotografia incrível, mas chato. Porém, com o desenrolar da historia o expectador é preso de uma forma que não sei nem descrever. Sinto que parte do meu encanto é devido a literatura empreendida no roteiro nesse filme, misturado com a dose certa de poesia e romance. Para quem ama a literatura, ou melhor, as artes em geral como eu, não tem como se encantar com a forma como esta é exposta, colocando uma linha tênue entre a ficção e a realidade. Alias, nisso o filme é muito bom! Por ser extremamente metalinguista (um filme falando de como se faz TV e teatro) a divisão entre o real e o imaginário se torna mágica. Vemos os personagens principais a todo momento trazendo falas de obras que encaixam-se na sua realidade, amor de vida real envolto na ficção, o ilusório acrescido com uma dose de verdade. Um pouco de tragedia, romance, tristeza, comedia, drama, ficção e realidade, envoltos numa áurea poética muito bem organizada. Achei uma sacada deveras interessante a ideia de colocar um ator, que finge ser um homem comum pra poder estrear o programa de TV da versão nordestina de Tristão e Isolda, este é o personagem de Vladimir Brichta. Pensem comigo além: Ele é um ator que esta interpretando uma ator que finge ser um homem comum interpretando um personagem, irônico, tinha que compartilhar isso!

Mais que tudo isso que já foi exposto, o filme trás uma reflexão muito boa sobre o amor e seu significado. Sobre suas faces, suas virtudes e seus poderes. O amor ficcional que diversas vezes invade a realidade das pessoas que as leva a conhece-lo. Wagner Moura fala e repete diversas vezes: A paixão é um sofrimento, estar apaixonado é sofrer e gostar disso. A paixão dura três anos, segundo o filme, depois disso vira amor ou dor? Belo não? Afinal o que é amar?


"- Os amantes sempre se encontram tarde demais
- Na vida ou no romance?
- Nos dois."

Assistam, indico! Roteiro perfeito, trilha sonora encantadora! Mas assistam abertos a emoções, larguem a frieza um pouco de mão, sintam o filme! Segue abaixo o link do filme no site Filmow para vocês lerem outras resenhas e o link para download.



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