Um minuto de silencio... Gente, o que é isso? Em que nível
chegamos?
Sempre acreditei que jamais devia questionar os gostos
culturais de alguém, cada um gosta do que lhe convém e toda forma de expressão
cultural possui a sua riqueza, e pode acrescentar algo para o mundo, portanto
não entro no âmbito de discutir as músicas que o povo do “rolezinho” curte ou
algo assim.
Então vamos ao que importa: Como alguém se digna a isso? A
se expor dessa forma e achar isso legal, coisa que a maioria das pessoas que eu
observo comentando, nas redes sociais e ao meu redor, acha ridículo!
Também não sou do tipo de pessoa que questiona o modo de
falar das outras, ate porque muita gente no mundo não tem acesso à educação, e
a cultura influencia na sua fonética, mas o excesso de erros na concordância verbal
daqueles jovens me incomodou, e sabe por que? Porque são adolescentes que, em
vez de estar naquele excessivo ócio IMPRODUTIVO em que se encontram, dando volta
em shoppings e assustando as pessoas com atitudes que merecem ser questionadas
sim, poderiam estar estudando, aproveitando a provável possibilidade que muitos
dali devem possuir, para no mínimo não aparecem em um vídeo de divulgação nacional
falando besteiras como falaram. Sinto muito, pode soar pesado demais, mas eu
não consigo aceitar esse desperdício de chances que muitos ali estão fazendo.
Em vésperas de SISU e Enem, e toda a máquina de entrada para o ensino superior
rodando, e este vídeo chega às redes sociais... Reafirmo meu comentário quando
o vi pela primeira vez: Desisto da vida.
E ai vem meu questionamento com um misto de indignação: “Meu
Deus, aonde foi que erramos?”, brincadeira, não é esse e sim: “O que podemos
fazer?”. Vamos ao texto da nossa Constituição Federal de 1988 que afirma em seu
art. 205:
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.
Dever do Estado e da família... Enfim, como já afirmei, não
sei como é a situação educacional de cada membro daquele grupo, e o conjunto de
oportunidades a que estes estão expostos, mas acredito que alguns devem ter
isso, porém e a família? Cadê a família dessas pessoas que estão exercendo esse
tipo de atitude? E nos, como sociedade, o que podemos fazer também?
A Constituição trás previsão legal disso e de diversas
coisas que o povo brasileiro tanto almeja alcançar, mas a lei sozinha não vai
conseguir colocar tudo em prática. É de extrema importância que o corpo social,
o Estado, os diversos grupos da sociedade civil e as pessoas interessadas, como
na situação os jovens descritos, tomem atitudes práticas para a efetivação de
tão belos direitos expostos num texto que foi fruto de muitas lutas no passado.
É necessário que adolescente tomem consciência de serem entes passivos dessa
relação, que merecem ter a sua educação e que ajam para tal, e não simplesmente
se entregando aos “rolezinhos”, e as diversas formas de ociosidades que
encontramos por ai. Afinal, é assim que se muda esse país?
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