quarta-feira, 9 de abril de 2014

Suspiro em Vinicius

Tenho que lembrar-me de beber 
Na fonte de grandes poetas de vez enquanto, 
Para não esquecer que o mundo é muito mais do que simples olhos rígidos e secos podem observar.
Que o mundo é muito mais lindo do que esta rotina pode mostrar.
Que a vida não é só isso, esse vai vem de corpos a falar
Falar
Falar
Surdos do mundo, surdos de tudo
Que a vida tem mais sentido que essa lógica insana e infantil toda,
De crescer em ciclos viciosos de necessidades, esquecendo verdadeiramente o que importa.
Quero lembrar que poderei respirar,
Que não sou solitária em meus devaneios.
E quero ter fé que um dia acorde todos desse estado doentio esquizofrênico 
E que a lógica - base 
imposta por outros, 
deixem de ser a deles.

sábado, 29 de março de 2014

Sobre homens e bebidas, grande Bukowski

“Francine virou-se para ele e ele passou o braço em torno dela. Os bêbados das três horas da manhã, em todos os Estados Unidos, fitavam as paredes, depois de terem finalmente desistido. Não era preciso ser bêbado para se machucar, para cair sob a mira de uma mulher; mas a gente podia se machucar e se tornar um bêbado. Você podia pensar por algum tempo, sobre tudo quando era jovem, que estava com sorte, e às vezes estava mesmo. Mas havia todo tipo de médias e leis em ação das quais você nada sabia, mesmo quando imaginava que tudo ia indo bem. Uma noite, uma quente noite veranil de quinta-feira, você se tornava o bêbado, você estava lá fora sozinho num quarto de aluguel barato, e por mais que tivesse visto isso antes, não adiantava, era até pior, porque você tinha pensado que não teria de enfrentar aquilo de novo. A única coisa que podia fazer era acender mais um cigarro, servir outra bebida, examinar as paredes descascadas em busca de olhos e lábios. O que homens e mulheres se faziam uns aos outros estava além da compreensão.”



Mas a verdade é que a alma humana é carregada de muitos mistérios, e que as vezes são esses momentos de melancolia e de tristeza, onde muitos se entregam ao vicio e a sensação enebriante e anestesiante de um porre, que muitos se descobrem. 
Qualquer um em qualquer momento pode se ver em tal situação, e isso explica porque tenho certa empatia pelas pessoas que se encontram abandonadas a si mesmo... Seria deveras interessante explorar suas mentes, seus sentimentos, e o que as levaram a ficar assim. 

Porque "examinar as paredes descascadas" as vezes pode estar muito além do reles alienado entendimento humano. Ao ler esse trecho do Bukowski, muito mais que o vício representado, me veio essa imagem de pessoas internamente abandonadas e solitárias, talvez em busca de si, talvez de algo além, onde o álcool, mas que um algo podre em suas vidas, representa uma tentativa de ferramenta, fuga ou até de chama atenção.

Assim, Bukowski ganha meu respeito.

Do dia, poesia



Eu vivo da poesia
Tao rara, tao pequena nos dias
De pouco me alimento

Eu respiro na poesia
A dor, amor, alegrias
Aquém, diastantes e lindas

A poesia, por fim, sou eu
Um nada em tudo resume
Poemas e linhas disformes 
Que a vida as vezes assume.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Justiça com as próprias mãos





Este texto não é de minha autoria, recebi ele por email e achei que deveria ser compartilhado, considerando a grande avalanche de comentários incitando a barbárie, ainda mais apos o acontecimento do "pelourinho", no qual um jovem assaltante, ou algo do tipo, foi preso em um poste, nu, por um grupo que se denominava "justiceiros". Acrescentemos a isso os comentários da repórter Rachel Shererazade e a sua campanha "adote um bandido". e estamos prontos a voltar a idade média.




Publicado por Luiz Flávio Gomes


"O termômetro da nossa insanidade coletiva, incluindo os setores radicais da mídia, está subindo, paralelamente à violência desbragada. Onde falta ética e educação de qualidade, ou seja, um bom IDH (índice de desenvolvimento humano), sobra a marcha tribal da insensatez. Em ano eleitoral, é de se imaginar que o clima quente da reação emotiva contra a violência, tal qual o do verão, vai bem longe. O Brasil continua na contramão da história civilizatória.

Está chegando a conta dos 514 anos de colonialismo teocrático (herança maldita), autoritarismo (arquétipo do Pai), parasitismo dos dominadores (escravidão, corrupção e neoescravidão), selvagerismo (violência epidêmica), ignorantismo (3/4 da população é analfabeta ou semialfabetizada – ver Inaf) e segregacionismo (apartheid sócio-étnico-econômico). Guerra de todos contra todos (Hobbes), que esquenta mais ainda quando bandidos das classes de cima passionalmente (Durkheim) se igualam à violência dos marginalizados perversos (por meio da justiça com as próprias mãos ou dos linchamentos, não autorizados pelo “contrato social”). De acordo com os indicadores socioeconômicos do Brasil, há um exército de milhões de jovens sem trabalho, sem estudo e sem estrutura familiar ou social solidificada (nem, nem, nem). São rejeitados por todos, até mesmo pela “ralé”, que é a classe D.

Nosso estágio de desigualdade socioeconômica (a melhora dos últimos anos foi totalmente insuficiente) e de degeneração moral coletiva chegou ao fundo do poço. Enquanto não rompermos a herança maldita da nossa estúpida, corrupta e violenta colonização, não vamos nunca sair desse atoleiro sanguinário e parasitário comandado pelas elites burguesas do capitalismo extrativista e selvagem. Só existe um caminho para a ruptura: ética e educação de qualidade para todos, tal como fizeram, depois de muita luta do povo, os países do elogiável capitalismo evoluído e distributivo (Dinamarca, Noruega, Suécia, Japão, Coreia do Sul etc.).


Educação civilizatória obrigatória, em período integral, promovendo-se assim, finalmente, nossa primeira grande revolução! Temos todos, ricos e pobres, o dever imperativo categórico (Kant) de levantar essa bandeira. Os 47 países com melhores IDH do mundo têm 1,8 assassinatos para cada 100 mil pessoas. O Brasil, com IDH ridículo para sua riqueza, é o 16º país mais violento do planeta, com 27,1 assassinatos, por 100 mil habitantes, em 2011. Enquanto não radicalizarmos no sentido da educação universal e da melhora substancial da renda per capita do povo que trabalha duramente, só resta ir contabilizando os “cadáveres antecipados”, a ira, o ódio, a insatisfação e a indignação massiva (que são os ingredientes de uma estrondosa revolução que ainda não ocorreu)."



O comentário da repórter citada:




E agora um questionamento final: Qual o melhor caminho? Se render aos apelos sensacionalistas da repórter, partir pra violência e responder com a mesma moeda, tornando a sociedade cada vez mais truculenta? Ou investir numa educação que liberte e proporcione caminhos?
O caminho da educação é o mais difícil e longo do que a resposta imediata e violenta, mas lembrem-se... Nem sempre o caminho mais fácil é o melhor.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mudança

                 Quando fui convidado a contribuir para o blog “Uma Nova Casa”, a primeira pergunta que fiz foi sobre o que poderia escrever para o blog. Não com muita surpresa a dona da casa – agora já com dois novos inquilinos – se virou e me sorriu um afável “qualquer coisa”. Munindo o bom senso, decidi fazer aquela primeira sondagem. Aquela visita ao seu possível futuro imóvel, com direito a script e ritual que, com as especificidades de cada caso caminha mais ou menos assim: olhares desconfiados dos porteiros, um sorriso do tamanho do mundo dos corretores (com direito ao zelador como volante) e, nunca nos esqueçamos, a roleta russa dos vizinhos. Foi apenas com esse momento expedicionário é que, pouco a pouco tenho compreendido a que o simpático “qualquer coisa” tem se reportado afinal. Não é, e nunca houve dúvidas quanto a isso, a um desleixo quanto a produção postada. Também não diz respeito a uma leitura positiva e ressequida, rachada pela tão louvada (e tão mal utilizada) “imparcialidade” jornalística. Muito menos foi uma proposta a evasão hipertônica adolescente, como a anfitriã deixou aparente em seu primeiro post.
           Muito mais do que um convite a um “vamos escrever um blog”, fomos convidados – autores e leitores – a partilhar do que o filósofo nacional Mário Sérgio Cortella chama de “pamonhização das relações” que aqui – espero conseguirmos – se estende para todo aquele que se permita adentrar, ouvir e se fazer ouvir; a construir os laços de diálogo e afetividade que são fundamentais a qualquer relacionamento no qual nos engajemos com o outro. É um convite, sobretudo, a sentar na mesa da sala, cozinha, ou quarto e familiarmente se predispor a se expor enquanto indivíduo e pessoa integrante das mais variadas sociedades.
           Dadas essas observações vem a pergunta: e sobre o que uma família pode conversar, afinal? Em minha experiência pessoal, nem mais e nem menos do que este blog se propõe: tudo e todos. Da rede de trânsito da cidade de Belém – que parece continuar firme em sua tentativa de figurar como avatar do modelo indiano à questões ligadas aos mais diversos direitos, a imprescindível presença das artes enquanto elementos instigadores de reflexão dialética em nossas vidas e o parecer de todos aqueles que se permitirem participar e contribuir argumentando, brigando, concordando e, acima de tudo, convivendo conosco nos mais diversos cômodos da casa. Convidados fomos, autores e leitores, a nos expormos, a sonhar, a construir o presente e o futuro, o nosso futuro social e pessoal em cada debate, a cada sopro de poesia e nos inúmeros erros e acertos que nossa sociedade nacional-global enfrenta no cotidiano, mas que raramente se permite efetivamente ouvir e pensarem conjunto soluções e causas para o sonhado “desenvolvimento humano” em seus mais amplos sentidos.
          Por fim, já assinei o contrato e cá estou de malas e cuias, pronto pra discutir, me indignar, surpreender e bem querer aos que comigo se comprometerem a fazer mais do que sobreviver, suportar e se conformar com o outro, com a nossa realidade e com as limitações tênues do eu e do nós. Espero recebe-los em breve em nossa casa, a qual anseio que também vá se tornando sua para zelar e contribuir “Sangrando”, como bem diz a música.






segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O tempo




“Aquele que faz caso do dia, patrão Senhor o faz.” — Paulo. (ROMANOS, capítulo 14, versículo 6.)

A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações... Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.

(Cap. 01 do livro “Caminho, Verdade e Vida”, ditado pelo Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.)

sábado, 25 de janeiro de 2014

Sobre as "Ro-lezeiras"





Um minuto de silencio... Gente, o que é isso? Em que nível chegamos?

Sempre acreditei que jamais devia questionar os gostos culturais de alguém, cada um gosta do que lhe convém e toda forma de expressão cultural possui a sua riqueza, e pode acrescentar algo para o mundo, portanto não entro no âmbito de discutir as músicas que o povo do “rolezinho” curte ou algo assim.
Então vamos ao que importa: Como alguém se digna a isso? A se expor dessa forma e achar isso legal, coisa que a maioria das pessoas que eu observo comentando, nas redes sociais e ao meu redor, acha ridículo!

Também não sou do tipo de pessoa que questiona o modo de falar das outras, ate porque muita gente no mundo não tem acesso à educação, e a cultura influencia na sua fonética, mas o excesso de erros na concordância verbal daqueles jovens me incomodou, e sabe por que? Porque são adolescentes que, em vez de estar naquele excessivo ócio IMPRODUTIVO em que se encontram, dando volta em shoppings e assustando as pessoas com atitudes que merecem ser questionadas sim, poderiam estar estudando, aproveitando a provável possibilidade que muitos dali devem possuir, para no mínimo não aparecem em um vídeo de divulgação nacional falando besteiras como falaram. Sinto muito, pode soar pesado demais, mas eu não consigo aceitar esse desperdício de chances que muitos ali estão fazendo. Em vésperas de SISU e Enem, e toda a máquina de entrada para o ensino superior rodando, e este vídeo chega às redes sociais... Reafirmo meu comentário quando o vi pela primeira vez: Desisto da vida.

E ai vem meu questionamento com um misto de indignação: “Meu Deus, aonde foi que erramos?”, brincadeira, não é esse e sim: “O que podemos fazer?”. Vamos ao texto da nossa Constituição Federal de 1988 que afirma em seu art. 205:

“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.

Dever do Estado e da família... Enfim, como já afirmei, não sei como é a situação educacional de cada membro daquele grupo, e o conjunto de oportunidades a que estes estão expostos, mas acredito que alguns devem ter isso, porém e a família? Cadê a família dessas pessoas que estão exercendo esse tipo de atitude? E nos, como sociedade, o que podemos fazer também?

A Constituição trás previsão legal disso e de diversas coisas que o povo brasileiro tanto almeja alcançar, mas a lei sozinha não vai conseguir colocar tudo em prática. É de extrema importância que o corpo social, o Estado, os diversos grupos da sociedade civil e as pessoas interessadas, como na situação os jovens descritos, tomem atitudes práticas para a efetivação de tão belos direitos expostos num texto que foi fruto de muitas lutas no passado. É necessário que adolescente tomem consciência de serem entes passivos dessa relação, que merecem ter a sua educação e que ajam para tal, e não simplesmente se entregando aos “rolezinhos”, e as diversas formas de ociosidades que encontramos por ai. Afinal, é assim que se muda esse país?

Um novo autor!



E apresento-lhes um dos novos autores deste blog, um grande e fiel amigo que muitas coisas interessantes promete nos trazer: Adriano Rosas. Ele irá falar mais sobre si, portanto me abstenho de tal ato.
=D
Explicando: o blog possui conteúdo diversificado, e buscamos com a variedade de autores apresentar uma gama interessante de conteúdo ( nerd, confesso) que o público aprecie.
Portando, em um proximo post Adriano vai se apresentar!
SYL ;*

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Sobre contos e Paixões



Abelhas, Leões e Paixões Súbitas.

“Generalizávamos muito, Júlio e eu.
Quando aprendemos, por exemplo, que não devíamos correr de leões, aplicamos a técnica a todos os outros bichos. Sabíamos que quando um leão aparece na nossa frente, devemos nos fazer de estátua. Depois de algumas horas, o leão naturalmente vai embora.
Assim, certa vez, quando chupávamos picolé de limão num dia quente e enfadonho, e fomos atacados por abelhas, decidimos que era hora de aplicar nossos conhecimentos de sobrevivência na selva. Júlio congelou no ato. Boca aberta, língua de fora. Olhou para mim como quem diz: não se mexa! Eu dei sorte de estar com a boca fechada, língua para dentro. As abelhas, vendo nossa nova técnica, rapidamente chamaram as colegas. Gritaram:
“Corram! Corram! Encontramos dois idiotas!”
Foram pousando no picolé, nariz, aro dos óculos, língua... Júlio se manteve firme, Que causa enfado; que é monótono; cansativo. Lágrimas escorriam. Só saiu gritando depois da primeira picada, na língua.
Decidi, ali, que ele era digno do meu amor.”


Um pequeno conto do livro “cobras em composta” do MEC. Apaixonante livro, e esse conto, em especial, me encantou a ponto de acabar de ler ele e sair correndo para o notebook pra escrever algumas besteiras trabalhadas, também chamadas de minhas impressões. Sinto como se conhecesse Julio e sua garota, como se fossem um casal de amigos que há muito tenho em minha vida. Sinto como se assistisse a cena, como se ela tivesse me contado o momento que se apaixonou por Julio. E foi esse ponto que me fez vim escrever? Qual o momento que surge a paixão? Esse conto reflete muito bem isso, e trás num momento deveras engraçado e tosco o surgimento de um belo sentimento. A paixão surge nesse instante ou já havia antes e era percebida? Uma boa reflexão para minhas horas de ônibus.
Uma pequena nota sobre os ônibus: não sei o que seria da minha personalidade sem eles. Amo os ônibus (vazios e silenciosos) que me permitem pensar, me dão aquele tempo que todo ser humano precisa consigo mesmo. O ônibus é aquele momento em que eu consigo refletir a minha vida e compara-la com o mundo a fora, pela “janela lateral”. (trocadilhos com musicas que poucas pessoas conhecem, acostumem-se). Meu sonho é escrever um livro em homenagem aos ônibus, um conjunto de contos. Fica pro futuro.

Enfim, como dizia, o momento que surge a paixão. Já ouvi diversas historias de amigos sobre esse etéreo momento que qualquer ser humano na vida passa, passou ou há de passar. Alguns mais poéticos que outros, na verdade... não é o momento em si que é mais poético que os demais, mais como as pessoas o percebem. Ouso contar a historia de uma grande amiga que diz surgir a paixão numa bela queda de bicicleta, quando o ser distinto foi ajuda-la a se levantar. Naquele momento o coração tomou consciência do sentir, ou começou a sentir, vai saber... Há mais mistérios entre na terra que imaginamos. Já ouvi historias de arco Iris (confesso, minha), e músicas no meio da noite ( também minha xD)e os mais variados tipos de forma.

Bom, não chego a nenhuma conclusão aqui e nem fecho nada, vim para expor um texto belíssimo de uma ótima escritora brasileira e que merece ser divulgado, e instigar a reflexão sobre este belo instante que as lindas palavras do conto souberam trazer de forma tão leve e divertida. Pense nas suas historias, nas historias ao redor... O mundo sem historias seria um grande vazio monótono. Saibamos apreciar as histórias ver a poesia do detalhe e sorrir com isso. No mais, bom dia!

Segue abaixo o link Skoob do livro que contem esse conto e o link para download.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Resenha: Romance



E assim, numa quinta feira chuvosa de inverno, presa em casa resolvo ver o filme da globo... Ok, eu vi o comercial e me interessei! E o Wagner Moura... Amo! Enfim, Romance, " Produzido por Paula Lavigne, tem roteiro de Guel Arraes e Jorge Furtado, com direção musical de Caetano Veloso" (Ajuda básica do wikipédia), estrelado pelo já citado Wagner Moura, conhecido como o famigerado Capitão Nascimento - mas ele é muito mais que aquilo como ator - e pela Letícia Sabatella, que adoro como atriz e sempre me encantou em muitos de seus trabalhos.

Eu não vou da uma sinopse longa , posso dizer que é uma historia com amor e teatro entre Pedro e Ana, este é diretor e ator e esta atriz. A historia gira em torno principalmente da peça Tristão e Isolda, peça medieval de amor trágica, com a morte dos personagens no final, inspirou Romeu e Julieta. Além disso, existe a citação de diversos outros trabalhos de teatro, entre eles Cyrano de Bergerac. O relacionamento acaba em um primeiro momento, por ciúmes de Pedro ao ver Ana começar a trabalhar na TV e "abandonar" a nobre arte dos palcos. Três anos depois eles se reencontram para fazer uma versão de Tristão e Isolda para a TV, com a história acontecendo no sertão nordestino em épocas antigas. E a partir dai a historia se desenrola.

Enfim, confesso que achei o começo do filme um pouco chato, com belas falas de textos literários que eu admiro bastante, e uma fotografia incrível, mas chato. Porém, com o desenrolar da historia o expectador é preso de uma forma que não sei nem descrever. Sinto que parte do meu encanto é devido a literatura empreendida no roteiro nesse filme, misturado com a dose certa de poesia e romance. Para quem ama a literatura, ou melhor, as artes em geral como eu, não tem como se encantar com a forma como esta é exposta, colocando uma linha tênue entre a ficção e a realidade. Alias, nisso o filme é muito bom! Por ser extremamente metalinguista (um filme falando de como se faz TV e teatro) a divisão entre o real e o imaginário se torna mágica. Vemos os personagens principais a todo momento trazendo falas de obras que encaixam-se na sua realidade, amor de vida real envolto na ficção, o ilusório acrescido com uma dose de verdade. Um pouco de tragedia, romance, tristeza, comedia, drama, ficção e realidade, envoltos numa áurea poética muito bem organizada. Achei uma sacada deveras interessante a ideia de colocar um ator, que finge ser um homem comum pra poder estrear o programa de TV da versão nordestina de Tristão e Isolda, este é o personagem de Vladimir Brichta. Pensem comigo além: Ele é um ator que esta interpretando uma ator que finge ser um homem comum interpretando um personagem, irônico, tinha que compartilhar isso!

Mais que tudo isso que já foi exposto, o filme trás uma reflexão muito boa sobre o amor e seu significado. Sobre suas faces, suas virtudes e seus poderes. O amor ficcional que diversas vezes invade a realidade das pessoas que as leva a conhece-lo. Wagner Moura fala e repete diversas vezes: A paixão é um sofrimento, estar apaixonado é sofrer e gostar disso. A paixão dura três anos, segundo o filme, depois disso vira amor ou dor? Belo não? Afinal o que é amar?


"- Os amantes sempre se encontram tarde demais
- Na vida ou no romance?
- Nos dois."

Assistam, indico! Roteiro perfeito, trilha sonora encantadora! Mas assistam abertos a emoções, larguem a frieza um pouco de mão, sintam o filme! Segue abaixo o link do filme no site Filmow para vocês lerem outras resenhas e o link para download.



quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Resenha: Um Estudo em Vermelho


Terminei "um estudo em vermelho". O que tenho a dizer: Ótimo livro!!
Nao é a toa que Conan Doyle é Conan Doyle ( isso soa meio idiota? )

Enfim, um resumo da historia sem spoiler? Neste livro conhecemos Sherlock Holmes e seu grande companheiro Watson. Não vou entrar em detalhes de como inicia o livro porque pra mim ate o narrador foi uma grande surpresa e uma grande sacada. E assim vemos o grande detetive desvendar um misterioso caso de homicídio, com as suas observações perspicazes e a ótima utilização do método analítico. Muito útil aprender a se pensar da forma de Sherlock.
Enfim, não vou me estender deveras sobre esta obra, ela fala sobre si, não há muito o que se falar sem entregar toda a historia, posso somente indicar: leiam! Quem gosta de mistérios e investigações vai amar! É um grande clássico que vale a pena!

Seguei abaixo o link skoob e o para download da obra em PDF.

E que comece o show


Já começou 
Testando minha paciência
Levando minha paciência e calma.
Já começou
Fazendo-me refletir
Deixando-me atônita 
Limpando tudo, a todos.
Já começou irônico e risonho
Olhando calmamente
E organizando
Sem pedir espaço antes.
Começou tropeçando e se estabancando no chão 
E rindo.
Começou um novo ano
Matreiro, palhaço
Sábio.
Feliz 2014.

E que venha...


Enfim, dia dois de janeiro de 2014.
Eu não fiz a postagem de fim de ano quando deveria, em partes porque não me deu vontade, e porque o site ta dando erro pra postar...
Pra falar a verdade neste exato momento estou postado do meu celular... É a vida.
Já dizia o bom Deus: "você tem a virada de ano que precisa, não a que quer". Com uma adaptação única de Tay Guedes. 
Enfim, o fim de ano começou ruim e acabou bom, muito bom pra falar a verdade, aconteceram algumas coisas que eu não esperava e que eu não soube como reagir. Coisas que me forcaram a repensar muita coisa e a rever o valor que eu estou dando pra tudo, enfim, como disse, Deus da aquilo que precisamos. Hoje, dia 2, depois que o vendaval da mudança passou, posso dizer que me sinto de pés fincados em 2014. Pronta. Para o que der e vier. Pronta finalmente.
Gostaria de deixar aqui uma reflexão e impressão boa: Na hora dos fogos, na hora exata que 2013 esta dando tchau e 2014 esta chegando, a sensação de energia boa e de esperança é tão grande . Muito bom mesmo. Sem mais delongas: Feliz 2014!